A situação religiosa apresenta um quadro desafiador: Apenas 18,06% é evangélica; a religião predominante é o sincretismo religioso entre católicos, culto afro e indígena. O perfil étnico do nosso Estado é rico, com cinco nações indígenas: Palikur, Waiãpi, Galibi, Karipuna e Galibi Marworno que somam cerca de cinco mil silvícolas; temos ainda presença de famílias mulçumanas e judias. A comunidade ribeirinha é estimada em 10% da população; temos 12 mil surdos – mudos; milhares moram nas palafitas construídas em cima das áreas de ressacas, aumentou também o índice de suicídio e assalto a mão armada, latrocínio, alcoolismo; prostituição infantil, colocando o município do Laranjal do Jarí no topo da estatística sobre a prostituição infantil na América Latina.
A fronteira com a Guiana Francesa e o garimpo atrai muitas pessoas para a cidade de Oiapoque, caracterizada pelo elevado índice de prostituição, tráfico de drogas e de mulheres.
O mapa político traz os resquícios do coronelismo e do clientelismo.
A política do toma lá dá cá, o nepotismo e a corrupção corroem como câncer a beleza da democracia. A disputa pelos cargos públicos perpassa pela maioria das igrejas evangélicas e suas lideranças gananciosas pelo poder e o vil metal, que vendem vergonhosamente seu voto e fazem do rebanho um curral eleitoral. É crescente também o número de grupos dissidentes de igrejas históricas e pentecostais que fundam novos “ministérios” com o objeto de serem diferentes. Estes vêm infiltrando todo tipo de heresias, meninice e misticismo.
Macapá a capital, vive de novidades em novidade, e tem servido de palco para os mercenários do evangelho, com boa oratória e um forte apelo emocional, trazem mensagens cheias de promessas de bênçãos terrenas em troca da contribuição financeira do povo ignorante da Sã Doutrina. Existem também aqueles que pregam o evangelho por decreto, com chavões do tipo: “O Amapá é do Senhor Jesus”! Derramam óleo nos monumentos históricos quebrando maldição e pedindo perdão pelo pecado do povo por atacado, como se fosse possível excluir a responsabilidade individual e o arrependimento sem a pregação da Palavra no confronto pessoal com o pecado, em amor e autoridade nos moldes do Apóstolo Paulo que dizia: “sinto dores de parto, até que Cristo seja formado em vós”.
E é aqui que focalizamos os desafios missionários do Estado do Amapá, pois o que nos assusta não é o nosso inimigo com seu principado e potestade, já que “para isso o Filho de Deus se manifestou, para destruir as obras do Diabo”, I de João 3.8c; também não é o financeiro, nosso Deus é o dono do ouro e da prata; nem tão pouco o pecado onde está mergulhado o nosso povo, porque onde abundou o pecado superabundou a graça.
Temos a eficácia da mensagem de um Evangelho que é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; a promessa da presença do Espírito Santo; a certeza de que Jesus Cristo, o Cabeça da Igreja, não mudou, pois é o mesmo ontem hoje e eternamente; Deus está no trono, vive e reina para todo o sempre e que nada é impossível para Ele. Sendo assim, o que nos desafia somos nós mesmos! Nossa incapacidade de crer, de amar, de dar, de se doar, de sacrificar, renunciar, de orar e fazer acontecer. Nossa falta de humildade em não reconhecer que não somos nada e que dependemos de Deus para vivermos a vida cristã.
Viver Cristo é ato de fé, é morrer todo dia, crucificar o EU, nossas vontades e paixões mundanas para viver a separação de quem foi chamado para ser santo.
Onde estão os vocacionados? Aqueles que têm convicção do chamado para o santo ministério da Palavra e um viver irrepreensível? Que não fazem do púlpito um “cabide de emprego”? Que amam e apascenta o rebanho do Senhor e cuida com zelo como quem vai dar conta dele? Aqueles cuja fé triunfa sempre, imitando o elenco dos heróis da fé de Hebreus 11 definidos como: “Homens que o mundo não era digno deles”.
Aqueles que podem dizer como Carlos Studd:
Como também “se prego o evangelho, não tenho do que me gloriar, pois me é imposta esta obrigação, e ai de mim se eu não evangelizar”.
Amado/a irmão, irmã, se o arrebatamento fosse hoje, a comunidade onde você está inserida sentiria a sua falta? Qual tem sido a sua relevância neste mundo? Tens feito a diferença? Temos vivido um evangelho de mão dupla, onde fé e obras andam juntas? Somos conhecidos pelo amor, justiça e misericórdia ou pelo legalismo que Jesus condenou nos escribas e fariseus? Podemos dizer que somos igrejas missionárias? Qual o grau do nosso comprometimento com o IDE de nosso Senhor Jesus?
O Dr. Russel Shedd diz: há três razões pelas quais a igreja não se torna missionária ou se interessa em ir para os campos: 1 – Porque a igreja pensa que Jesus está mais interessado em edificar sua igreja apenas em seu bairro ou cidade; 2 – Porque a igreja está mais sujeita ao pastor do que a autoridade de Cristo; 3 - Porque a igreja tem pouco poder do Espírito Santo e, portanto, acha que ir para o campo seria um desperdício de pessoal e dinheiro.
Irmãos amados, esposa do Cordeiro, a vinda do Senhor está próxima. Despertemos Igreja, desperte irmão, irmã! Saiamos do comodismo e da indiferença, quebrantemos os nossos corações, esquadrinhemos os nossos caminhos e voltemos para o Senhor, pois Ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor (Joel 2). Não há mais tempo a perder, pois a noite é chegada e pouco tempo nos resta, trabalhemos enquanto é dia, a noite vem quando ninguém mais pode trabalhar.
Encare este desafio! Mesmo você, que não mora no Estado do Amapá, onde você estiver você é um missionário/a do Reis dos reis e Senhor dos senhores! Levanta-te, pois, este negócio é de tua incumbência, e nós seremos contigo. Sê forte e age! Esdras 10.4
Peço que você reserve um tempo e ore por este Estado tão carente da Luz do Céu, ore pelas nossas lideranças Evangélicas. E por todos, inclusive os cristãos sinceros que se propõe a viver o verdadeiro evangelho, para que perseverem.
Em Cristo
Marla
É verdade Marla! Temos uma batalha muito grande em Macapá. A igreja de Cristo deve deixar o discurso e praticar a palavra de Deus! Se todos os servo do Senhor Jesus estivessem trabalhando este estado relamense seria do Senhor. Enquanto brigamos uns com os outros, o diabo tem propagado seu reino. Que Deus desperte sua igreja nessa ultima hora!
ResponderExcluirBelo texto, abraço!