segunda-feira, 29 de março de 2010

DESAFIOS MISSIONÁRIOS NO ESTADO DO AMAPÁ

O principal objetivo desta postagem é para ajudar você a conhecer os grandes desafios missionários que enfrentamos aqui no Estado do Amapá, assim, você estará orando por nós com entendimento. Por exemplo, o Amapá é um Estado novo e geograficamente isolado; pobre, com o IDH - Índice de Desenvolvimento Humano - abaixo da linha da pobreza para mais de 0,75% da população.

Possui 16 municípios e uma população estimada em 615.715 habitantes.

A situação religiosa apresenta um quadro desafiador: Apenas 18,06% é evangélica; a religião predominante é o sincretismo religioso entre católicos, culto afro e indígena. O perfil étnico do nosso Estado é rico, com cinco nações indígenas: Palikur, Waiãpi, Galibi, Karipuna e Galibi Marworno que somam cerca de cinco mil silvícolas; temos ainda presença de famílias mulçumanas e judias. A comunidade ribeirinha é estimada em 10% da população; temos 12 mil surdos – mudos; milhares moram nas palafitas construídas em cima das áreas de ressacas, aumentou também o índice de suicídio e assalto a mão armada, latrocínio, alcoolismo; prostituição infantil, colocando o município do Laranjal do Jarí no topo da estatística sobre a prostituição infantil na América Latina.

A fronteira com a Guiana Francesa e o garimpo atrai muitas pessoas para a cidade de Oiapoque, caracterizada pelo elevado índice de prostituição, tráfico de drogas e de mulheres.

O mapa político traz os resquícios do coronelismo e do clientelismo.

A política do toma lá dá cá, o nepotismo e a corrupção corroem como câncer a beleza da democracia. A disputa pelos cargos públicos perpassa pela maioria das igrejas evangélicas e suas lideranças gananciosas pelo poder e o vil metal, que vendem vergonhosamente seu voto e fazem do rebanho um curral eleitoral. É crescente também o número de grupos dissidentes de igrejas históricas e pentecostais que fundam novos “ministérios” com o objeto de serem diferentes. Estes vêm infiltrando todo tipo de heresias, meninice e misticismo.

Macapá a capital, vive de novidades em novidade, e tem servido de palco para os mercenários do evangelho, com boa oratória e um forte apelo emocional, trazem mensagens cheias de promessas de bênçãos terrenas em troca da contribuição financeira do povo ignorante da Sã Doutrina. Existem também aqueles que pregam o evangelho por decreto, com chavões do tipo: “O Amapá é do Senhor Jesus”! Derramam óleo nos monumentos históricos quebrando maldição e pedindo perdão pelo pecado do povo por atacado, como se fosse possível excluir a responsabilidade individual e o arrependimento sem a pregação da Palavra no confronto pessoal com o pecado, em amor e autoridade nos moldes do Apóstolo Paulo que dizia: “sinto dores de parto, até que Cristo seja formado em vós”.

E é aqui que focalizamos os desafios missionários do Estado do Amapá, pois o que nos assusta não é o nosso inimigo com seu principado e potestade, já que “para isso o Filho de Deus se manifestou, para destruir as obras do Diabo”, I de João 3.8c; também não é o financeiro, nosso Deus é o dono do ouro e da prata; nem tão pouco o pecado onde está mergulhado o nosso povo, porque onde abundou o pecado superabundou a graça.

Temos a eficácia da mensagem de um Evangelho que é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; a promessa da presença do Espírito Santo; a certeza de que Jesus Cristo, o Cabeça da Igreja, não mudou, pois é o mesmo ontem hoje e eternamente; Deus está no trono, vive e reina para todo o sempre e que nada é impossível para Ele. Sendo assim, o que nos desafia somos nós mesmos! Nossa incapacidade de crer, de amar, de dar, de se doar, de sacrificar, renunciar, de orar e fazer acontecer. Nossa falta de humildade em não reconhecer que não somos nada e que dependemos de Deus para vivermos a vida cristã.

Viver Cristo é ato de fé, é morrer todo dia, crucificar o EU, nossas vontades e paixões mundanas para viver a separação de quem foi chamado para ser santo.

Onde estão os vocacionados? Aqueles que têm convicção do chamado para o santo ministério da Palavra e um viver irrepreensível? Que não fazem do púlpito um “cabide de emprego”? Que amam e apascenta o rebanho do Senhor e cuida com zelo como quem vai dar conta dele? Aqueles cuja fé triunfa sempre, imitando o elenco dos heróis da fé de Hebreus 11 definidos como: “Homens que o mundo não era digno deles”.

Aqueles que podem dizer como Carlos Studd:

“...se Jesus Cristo é Deus e morreu por mim, então nenhum sacrifício que eu fizer por Ele pode ser grande demais”.

Ou como o Conde Zinzerdorf:

“Estou destinado a proclamar a mensagem, sem importar-me com as conseqüências pessoais que me sobrevirão”.

Como David Brainer:

“Declaro, agora que estou morrendo, que não teria gasto a minha vida doutro modo, ainda que recebesse em troca o mundo inteiro... Nunca me preocupei com onde viveria, nem como viveria, nem que provações teria que sofrer, desde que assim eu pudesse ganhar mais almas para Cristo”.

Como J. L. Ewen:

“Enquanto houver milhões de seres humanos sem a Palavra de Deus e sem o conhecimento de Jesus Cristo, ser-me-á impossível devotar meu tempo e energia àqueles que têm ambos”.

Como o Apóstolo Paulo:

“Pois em nada tenho a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus de testemunhar do evangelho da graça de Deus - Atos 20.24;

Como também “se prego o evangelho, não tenho do que me gloriar, pois me é imposta esta obrigação, e ai de mim se eu não evangelizar”.

Amado/a irmão, irmã, se o arrebatamento fosse hoje, a comunidade onde você está inserida sentiria a sua falta? Qual tem sido a sua relevância neste mundo? Tens feito a diferença? Temos vivido um evangelho de mão dupla, onde fé e obras andam juntas? Somos conhecidos pelo amor, justiça e misericórdia ou pelo legalismo que Jesus condenou nos escribas e fariseus? Podemos dizer que somos igrejas missionárias? Qual o grau do nosso comprometimento com o IDE de nosso Senhor Jesus?

O Dr. Russel Shedd diz: há três razões pelas quais a igreja não se torna missionária ou se interessa em ir para os campos: 1 – Porque a igreja pensa que Jesus está mais interessado em edificar sua igreja apenas em seu bairro ou cidade; 2 – Porque a igreja está mais sujeita ao pastor do que a autoridade de Cristo; 3 - Porque a igreja tem pouco poder do Espírito Santo e, portanto, acha que ir para o campo seria um desperdício de pessoal e dinheiro.

Irmãos amados, esposa do Cordeiro, a vinda do Senhor está próxima. Despertemos Igreja, desperte irmão, irmã! Saiamos do comodismo e da indiferença, quebrantemos os nossos corações, esquadrinhemos os nossos caminhos e voltemos para o Senhor, pois Ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor (Joel 2). Não há mais tempo a perder, pois a noite é chegada e pouco tempo nos resta, trabalhemos enquanto é dia, a noite vem quando ninguém mais pode trabalhar.

Encare este desafio! Mesmo você, que não mora no Estado do Amapá, onde você estiver você é um missionário/a do Reis dos reis e Senhor dos senhores! Levanta-te, pois, este negócio é de tua incumbência, e nós seremos contigo. Sê forte e age! Esdras 10.4

Peço que você reserve um tempo e ore por este Estado tão carente da Luz do Céu, ore pelas nossas lideranças Evangélicas. E por todos, inclusive os cristãos sinceros que se propõe a viver o verdadeiro evangelho, para que perseverem.

Em Cristo

Marla


Um comentário:

  1. É verdade Marla! Temos uma batalha muito grande em Macapá. A igreja de Cristo deve deixar o discurso e praticar a palavra de Deus! Se todos os servo do Senhor Jesus estivessem trabalhando este estado relamense seria do Senhor. Enquanto brigamos uns com os outros, o diabo tem propagado seu reino. Que Deus desperte sua igreja nessa ultima hora!

    Belo texto, abraço!

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